No papel da metida Andréa, a atriz conta detalhes da segunda temporada do seriado
Mister Brau volta à tela em sua segunda temporada. Na edição passada, Brau (Lázaro Ramos) e Michele (Taís Araújo) tiveram que conviver com os novos vizinhos complicados e passaram por muitas confusões. Dessa vez, a dançarina vai dividir com seu marido toda a atenção dos fãs, porque também vai alcançar a fama como cantora.
E não é só a Michele que está mais poderosa, Andréa, interpretada por Fernanda de Freitas, vai assumir o escritório de advocacia do pai, Antônio Carlos (Daniel Dantas). A atriz, de 36 anos, comemora a ascensão das mulheres na série, apesar de o programa não levantar a luta pelo feminismo. “Ainda existe preconceito contra a mulher, mas não levanto bandeiras. É difícil ser homem em algumas situações também”, revela a paulista, que ainda confessa ficar mal quando vê críticas negativas sobre ela na internet. Confira!
Andréa mudou o jeito rude de ser para a segunda temporada?
A Andréa e o Henrique (George Sauma) foram contaminados por essas pessoas livres e felizes que o Brau e Michele são. O legal é que o casal principal começa a quebrar a dureza da Andréa, porque ela começa a gostar dos dois. Eles se misturam mais nessa temporada. Mas, no fundo, Andréa ainda é racista, preconceituosa e elitista.
A Andréa e o Henrique (George Sauma) foram contaminados por essas pessoas livres e felizes que o Brau e Michele são. O legal é que o casal principal começa a quebrar a dureza da Andréa, porque ela começa a gostar dos dois. Eles se misturam mais nessa temporada. Mas, no fundo, Andréa ainda é racista, preconceituosa e elitista.
Você imaginava que o programa faria tanto sucesso?
A gente nunca imagina que vai ser um fracasso. O sucesso a gente fica esperando. Meu primeiro sucesso foi Tapas & Beijos (2011), antes disso só tinha feito fracasso. Quando fiz Bang Bang (2005), por exemplo, todo mundo falava que ia ser sucesso. Mas não aconteceu. Mas isso faz parte.
A gente nunca imagina que vai ser um fracasso. O sucesso a gente fica esperando. Meu primeiro sucesso foi Tapas & Beijos (2011), antes disso só tinha feito fracasso. Quando fiz Bang Bang (2005), por exemplo, todo mundo falava que ia ser sucesso. Mas não aconteceu. Mas isso faz parte.
Como é o assédio nas ruas?
Se essa personagem estivesse numa novela das 9, provavelmente estaria apanhando na rua ou sendo xingada. Mas como é comédia, diminui o peso. A gente busca interpretar de forma que fique menos agressivo do que o diálogo, porque a Andréa fala coisas horrorosas. É mais tranquilo.
Se essa personagem estivesse numa novela das 9, provavelmente estaria apanhando na rua ou sendo xingada. Mas como é comédia, diminui o peso. A gente busca interpretar de forma que fique menos agressivo do que o diálogo, porque a Andréa fala coisas horrorosas. É mais tranquilo.
E na internet?
Tenho pavor. Acho muito agressivo os comentários negativos. É um lugar em que as pessoas falam abertamente sobre tudo. Eu não gosto, fico chateada e choro. Prefiro não participar de discussões lá.
Tenho pavor. Acho muito agressivo os comentários negativos. É um lugar em que as pessoas falam abertamente sobre tudo. Eu não gosto, fico chateada e choro. Prefiro não participar de discussões lá.
Se sente mal ao dar vida à vilã?
A gente leva tudo na piada. Às vezes, lendo o texto eu fico horrorizada. Uma vez ela disse: “Esse povo só pensa fazer puxadinho e sempre tem uma tia doente.” Ela estava falando dos empregados do condomínio. Temos que retratar essas pessoas, elas existem no mundo real. Estamos cheios delas por aí…
A gente leva tudo na piada. Às vezes, lendo o texto eu fico horrorizada. Uma vez ela disse: “Esse povo só pensa fazer puxadinho e sempre tem uma tia doente.” Ela estava falando dos empregados do condomínio. Temos que retratar essas pessoas, elas existem no mundo real. Estamos cheios delas por aí…
É vital abordar temas sociais…
É válido, por exemplo, ter personagens gays em novelas. É algo tão natural. Ninguém tem a ver com a vida afetiva do outro. É um absurdo ficarem ofendidas com o relacionamento das pessoas. Os indivíduos são livres.
É válido, por exemplo, ter personagens gays em novelas. É algo tão natural. Ninguém tem a ver com a vida afetiva do outro. É um absurdo ficarem ofendidas com o relacionamento das pessoas. Os indivíduos são livres.
A ditadura do politicamente correto te incomoda?
Todo extremismo é ruim. Hoje não se pode fazer piada de nada, senão você pode ser apedrejada. A gente tem que rir da gente mesmo. Rir mais ao invés de brigar. Chega de ataques e gente falando o que quer sem punição! É preciso tomar muito cuidado.
Todo extremismo é ruim. Hoje não se pode fazer piada de nada, senão você pode ser apedrejada. A gente tem que rir da gente mesmo. Rir mais ao invés de brigar. Chega de ataques e gente falando o que quer sem punição! É preciso tomar muito cuidado.
No seu dia a dia, levanta a bandeira do feminismo?
Não levanto. A mulher está conquistando as coisas aos poucos, como sempre foi. Nada é de um dia para o outro. É difícil ser homem em algumas situações também.
Não levanto. A mulher está conquistando as coisas aos poucos, como sempre foi. Nada é de um dia para o outro. É difícil ser homem em algumas situações também.
