Ghabi é uma grande promessa do pop brasileiro. A cantora, que deixou para trás 11 anos de experiência no Direito, se jogou em 2020 para viver seu grande sonho e a verdadeira vocação: as músicas lançadas desde então já foram ouvidas em mais de 30 países e somam mais de 88 mil plays, assim como os 5 clipes que acumulam mais de 300 mil views no YouTube.
Ao misturar ritmos atuais a letras carregadas de sensibilidade, Ghabi transmite em suas composições leveza e emoção. A junção do clássico ao popular faz com que Ghabi seja uma artista singular, que promete trazer surpreendentes novidades à cena da MPB e do Pop brasileiro.
Raízes
A conexão com a história da própria família é algo importante para a cantora, segundo ela, serve como uma mudança de direcionamento de vida. Ghabi foi ao reencontro dessa história a partir da sua ligação com seu avô materno, de origem libanesa, e um teste de ancestralidade para conhecer melhor sua origem, o que resultou numa busca de conhecimentos sobre a vida no Oriente Médio.
Sua pesquisa resultou em um encontro com o tarô e a numerologia, que indicou uma necessidade de mudança na grafia de seu nome. Assim, a artista introduz um “h” após o “g”, passando a ser conhecida como Ghabi, adotando agora uma nova marca, que traça um novo direcionamento de carreira.
Promovendo ainda uma mudança estética, Ghabi lançará um disco autoral focado em sua ancestralidade. O projeto levará ao trabalho da artista uma imersão às origens de sua família, com um tom mais pop e explorando ritmos regionais do Oriente Médio, como o Afrobeat e o Arabitc Bass em fusão com estilos conhecidos pelos brasileiros.
Entrevista exclusiva com Ghabi
Como foi a decisão de largar a carreira no direito para se lançar como cantora?
Foi uma decisão difícil e que precisou de muita coragem. Eu já não estava satisfeita na minha profissão, havia me desiludido com muitas coisas, mas tinha ralado muito pra chegar ali. Fiz duas pós graduações: uma em direito financeiro e tributário pela UFF e outra em direito do entretenimento pela UERJ. Estudei muito, trabalhei muito, mas nunca foi o meu sonho. A música sempre esteve no meu coração desde criança. Meu primeiro contato com um piano foi aos 3 anos de idade quando entrei no Conservatório Brasileiro de Música. Porém, quando fui mãe, esse desejo de mudança e de busca pela felicidade se tornou ainda mais forte. Meu primeiro filho é completamente apaixonado por música, e cada vez que eu tocava uma nota no piano pra ele, ele me olhava com tanta admiração que eu voltei a confiar em mim. Como eu poderia dizer ao meu filho que ele deveria ir atrás dos sonhos dele se eu mesma não fizesse isso por mim? Então tomei coragem, consultei meus guias espirituais (eu sou muito espiritualizada), e senti que estava na hora de eu seguir esse caminho, que sempre foi o meu. Estou aqui.
2 – Para você, o que define uma música como“pop”?
A música pop é aquela que toca e é bem vinda em todos os lugares, casas, classes sociais, tipos de festa. Pop pra mim é o que é popular, o que o povo gosta. Aquela música que faz a gente dançar e ser feliz sem muitos julgamentos.
3 – O que sua ancestralidade influenciou sua musicalidade?
Me fez entender meus gostos e referências e que tipo de pop eu quero apresentar na minha discografia. Ando cansada do mais do mesmo.
Eu sempre tive muito orgulho das minhas origens e queria de alguma forma transcender isso pro público. Aprofundar o estudo na cultura árabe e trazer essa musicalidade para o meu trabalho é uma forma de homenagear a minha família, meus ancestrais, minha raça que é tão marginalizada ao redor do mundo. Meu último EP é todo moldado nessa estética, que vai do ritmo aos instrumentos utilizados na produção, como a tabula e a flauta. Tentei trazer a estética árabe para a minha linguagem latina e brasileira, e fazer um som diferente do que tem se visto no mercado. Um pop adulto. Daí surgiu o Magreb Latino.
4 – Quais as suas maiores referências musicais?
Sou uma mulher influenciada por muitas outras mulheres fortes e potentes, e dentre elas posso citar a Shakira, Beyoncé, Iza, Baby do Brasil, Rita Lee, Marisa Monte e Vanessa da Mata.
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